Parte do forro de madeira que cobria a recepção da Delegacia de Polícia de Ceará Mirim desabou na manhã desta segunda-feira (6) e por pouco não atingiu as pessoas que precisam diariamente dos seus serviços. Como estava fora do horário de atendimento, não houve registro de feridos. A cidade também reclama da insegurança e luta para receber novos investimentos para as polícias Civil e Militar, além de uma atenção especial à segurança pública do litoral.
Há muito tempo que a população local vem chamando a atenção das autoridades do Estado para que alguma coisa fosse feita para evitar um dano maior. O prédio que não oferece segurança nenhuma à po-pulação e aos policiais que ali trabalham.
Aliás, a questão da segurança pública no município de Ceará Mirim tem sido um tema bastante debatido pela população local, vereadores, lideranças comunitárias, etc., todos lutando por meios que diminuam a onda de violência no município. Vale ressaltar que o prefeito Antônio Peixoto é delegado de polícia e a sua principal bandeira de campanha, em 2008, foi a questão da segurança pública.
Embora constitucionalmente seja do Governo do Estado a responsabilidade pela segurança pública, o município não pode e nem deve ficar omisso ao problema. Em muitos municípios é comum prefeitos ajudarem a polícia no combate ao crime e a insegurança. Num passado não muito distante, a prefeitura de Ceará Mirim arcava com as despesas de aluguel de um imóvel, tipo auxílio moradia, carro, combustível e alimentação para que o delegado desempe-nhasse suas funções, mesmo sendo a segurança pública dever do Estado.
LITORAL
Quem mora no litoral também elege a insegurança como o problema de maior gravidade. Foi-se o tempo em que morar à beira-mar, numa cidadezinha do interior, era sinônimo de sossego. Nas paias de Jacumã, Maracajaú, Muriú e Graçandu o medo é palavra comum na boca de todos.
"Hoje, ninguém dorme direito. Qualquer barulho fico logo assustado", afirma o presidente da Associação de Moradores da praia de Muriú, Climário Macedo de Souza, que já teve a casa, onde mantém um comércio no andar térreo, arrombada duas vezes, em menos de um mês. Além de computadores, televisor, celulares e equipamentos de TV por assinatura, os ladrões entraram no comércio e levaram mercadorias.
"Eu moro aqui há mais de 30 anos e nunca vi uma constância tão grande de roubos", diz
A localidade não tem delegacia e por causa disso a maioria dos crimes sequer é registrada. Para fazer um Boletim de Ocorrência é preciso se deslocar ao centro de Ceará-Mirim, a 15 km.
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