Uma reunião realizada no último dia
17, promovida por representantes do Governo com a participação do
Sindicato dos Bugueiros, estabeleceu novas formas de organizar a
atividade bugueira no Rio Grande do Norte.
Às vésperas de mais uma temporada de
alta estação, a segurança dos turistas foi um dos temas principais do
encontro. Além disso, também ficou acertada a proibição de passeios com
buggys de bancos altos em todo o litoral do RN como forma de evitar
acidentes.
Dentre os assuntos discutidos, foi
levantada a polêmica em torno da utilização de veículos adaptados, com
bancos altos, sem a devida autorização por parte das autoridades de
trânsito. De acordo com levantamentos do Sindicato dos Bugueiros,
existem 17 veículos desse tipo circulando nas praias do litoral
potiguar.
De acordo com o presidente do
Sindicato dos Bugueiros, Francisco Júnior, a própria categoria é contra a
utilização dos bancos altos, preocupada com os possíveis acidentes.
"Nem mesmo as grandes operadoras e
receptivos aceitam a utilização desses carros. Tememos pelos riscos, já
que esses bancos são feitos de forma artesanal e sem critérios
técnicos", destacou Francisco Júnior.
Segundo o diretor-geral do
Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Willy Saldanha, em respeito a
determinação do Conselho Nacional de Trânsito, qualquer alte-ração em
veículos só pode acontecer mediante vistoria do Detran, como os buggys
em questão que não passaram por avaliação, foi definido que a partir do
dia 1º de novembro fica proibida a circulação desse tipo de veículo com
bancos altos em todo o RN.
O motorista que de-sobedecer a regra
está sujeito à multa e até apreensão do veículo. A fiscalização ficará a
cargo da Polícia Rodoviária Estadual e técnicos da Secretaria de Estado
do Turismo (Setur).
"O Detran opera dentro das normas e
não há brechas para o uso desses carros enquanto não se confirme, por
meio de laudos técnicos, que eles têm condições de circular sem causar
riscos aos passageiros", pondera Willy Saldanha.
Um ponto que gerou polêmica foi a
questão das cadeirinhas infantis nos buggys. O sindicato dos bugueiros
deu entrada em um pedido para flexibilização no uso dos equipamentos,
que não foi aceito pela Setur e nem pelo Detran.
Fonte: Jornal Metropolitano
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