A Prefeitura de
Ceará-Mirim está fazendo reuniões com os professores da rede municipal
para apresentar os critérios da Avaliação de Desempenho, que é feita por
uma comissão formada, principalmente, por gestores indicados pela
administração municipal. A avaliação é um mecanismo que determina se o
educador vai ou não progredir na carreira dependendo da forma que for
avaliado.
Nas reuniões ocorridas na Estação
Cultura, a Secretaria de Educação tem dito que deseja discutir com a
categoria os aspectos desta avaliação de desempenho e fazer ajustes.
Entretanto, os pontos centrais do projeto não poderão ser mudados, já
que estão ligados ao Plano de Cargos da Educação.
A diretora Sinte/RN de Ceará-Mirim,
Ana Célia Siqueira, considera que "essa avaliação de desempenho deveria
começar pela Prefeitura e pelo prefeito Antônio Peixoto (PR),
responsáveis diretos pelos problemas enfrentados na educação pública do
município".
Segundo Ana Célia, a Prefeitura
remunera mal seus profissionais, nega direitos garantidos por lei, como é
o caso do piso dos professores, deixa faltar merenda, não paga o
transporte escolar e ainda mantém escolas caindo aos pedaços, sem
estrutura. "Quem é que deve, então, ser avaliado aqui?", questiona a
diretora do sindicato, para em seguida acrescentar: "A Prefeitura fala
que a avaliação de desempenho é parte do Plano de Cargos e que este
precisa ser cumprindo. Aí nós perguntamos: se é para cumprir o plano,
por que não cumprem a parte que fala da eleição direta para diretores de
escolas?".
Na terça-feira (21), o Sinte-Ceará
Mirim realizou uma assembléia na Escola Adele de Oliveira, com
professores e funcionários. Entre os pontos de pauta, esteve o debate
sobre a Avaliação de Desempenho, oportunidade em que foram tiradas
alguns posicionamentos da categoria sobre o tema.
ABANDONO
O Sinte-Ceará Mirim também denuncia a
situação de abandono em que se encontra a Escola Municipal Antônio
Ferreira da Silva, situada no distrito de Ponta do Mato, zona rural de
Ceará-Mirim. Segundo os professores, são muitos e gravíssimos os
problemas. Dois banheiros funcionam dentro de uma das salas de aula; não
há descargas nem portas. As crianças e os funcionários utili
zam os
banheiros nessas condições, provocando um forte mau cheiro terrível e
colocando a própria saúde em risco. Ainda, segundo o Sinte, outro
problema enfrentado por estudantes e educadores que frequentam a escola é
o matagal situado ao redor do prédio, que tem atraído muitos insetos e
gerado insegurança entre todos. Os pais dos alunos estão revoltados com
essa situação de abandono.