Menos chá, mais ação. A Academia de Letras e Artes de Ceará-Mirim, criada em outubro do ano passado, deseja reverter a imagem algo morosa e pedante que se faz deste tipo de instituição acadêmica, promovendo uma série de ações que elevem cultural, social e economicamente a região. O pontapé foi dado nesta quarta-feira, ocasião em que a academia fez a instalação e posse de diretoria e sócio-fundadores, na Estação Cultural Roberto Varela.
A academia surge e se mobiliza num momento em que Ceará-Mirim passa por uma grande crise econômica e social. "Passamos mais de 200 anos como uma monocultura dedicada à cana-de-açúcar, e nada mais. Essa acomodação veio cobrar seu preço. Ceará-Mirim virou uma cidade dormitório", explicam Pedro Simões, fundador da academia, e Ciro José Tavares, articulador de projetos. A saída, segundo os acadêmicos, está na exploração de um elemento que sempre esteve enraizado na história da cidade, mas pouco explorado: a produção cultural.
"Ceará-Mirim é um dos maiores pólos culturais do estado. A própria autoestima da população está diretamente ligada a isso. Mas não havia um trabalho para tornar esse fato a nosso favor", explica Pedro Simões. Os acadêmicos viram que o momento de oficialização da instituição poderia servir como forma de suporte para combater a crise. "A gente não poderia desperdiçar a criação da academia com chás, conversas e vaidades. Resolvemos inovar e aproveitar a força intelectual da cidade para promover melhorias práticas", afirma Ciro Tavares. Antes mesmo da instalação da academia, algumas medidas já tinham sido elaboradas pelo grupo, adianta Pedro Simões.
O projeto principal diz respeito ao incremento do turismo cultural. "Ceará-Mirim tem engenhos, casarões imperiais, belezas naturais. Temos o maior entalhador em madeira do estado, o Mestre Santana. É o tipo de coisa que deve ser admirada o ano todo, não apenas no São João", afirma. Os acadêmicos foram convidados para coordenar a parte cultural da festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, dez dias de festa que terão um formato inovador. Em setembro, a academia levará para Natal uma mostra coletiva com o que há de melhor nas artes plásticas cearamirinenses.
Nos próximos dias 11 e 12, a academia trará para Ceará-Mirim, de Recife, os arquitetos Rozze Domingues e Carlos Ishigami, e a restauradora Sandra Ishigami, um grupo encarregado de avaliar a arte sacra no município, e elaborar um projeto de restauração das peças e da igreja da cidade. Outro projeto atua diretamente junto às escolas: através de uma parceria com o sistema educativo, a academia fará palestras com estudantes sobre os patronos que dão nome às praças, ruas e escolas, distribuindo biografias, e fazendo jogos para testar a assimilação de conteúdo.
O projeto mais ousado da academia deseja integrar culturalmente outros municípios junto a Ceará-Mirim: a ideia é criar um corredor cultural que reúna Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Parnamirim. "Cada um exibiria suas qualidades. Unindo nossas forças, teríamos mais envergadura para propôr e viabilizar o projeto, principalmente junto a classe política", analisa Pedro Simões.
A Academia de Letras e Artes de Ceará-Mirim conta com 15 integrantes e 25 patronos. Segundo Pedro, os homenageados já justificam a vocação cultural da cidade. Nomes como Rodolfo Garcia, o primeiro potiguar a integrar a Academia Brasileira de Letras, e hoje é nome da biblioteca de lá; o cônego Jorge O'Grady de Paiva, educador e um dos maiores astrônomos do Brasil, e José Emídio Galhardo, fundador do ensino de homeopatia no Brasil, entre outros.
Fonte: TNonline
A academia surge e se mobiliza num momento em que Ceará-Mirim passa por uma grande crise econômica e social. "Passamos mais de 200 anos como uma monocultura dedicada à cana-de-açúcar, e nada mais. Essa acomodação veio cobrar seu preço. Ceará-Mirim virou uma cidade dormitório", explicam Pedro Simões, fundador da academia, e Ciro José Tavares, articulador de projetos. A saída, segundo os acadêmicos, está na exploração de um elemento que sempre esteve enraizado na história da cidade, mas pouco explorado: a produção cultural.
"Ceará-Mirim é um dos maiores pólos culturais do estado. A própria autoestima da população está diretamente ligada a isso. Mas não havia um trabalho para tornar esse fato a nosso favor", explica Pedro Simões. Os acadêmicos viram que o momento de oficialização da instituição poderia servir como forma de suporte para combater a crise. "A gente não poderia desperdiçar a criação da academia com chás, conversas e vaidades. Resolvemos inovar e aproveitar a força intelectual da cidade para promover melhorias práticas", afirma Ciro Tavares. Antes mesmo da instalação da academia, algumas medidas já tinham sido elaboradas pelo grupo, adianta Pedro Simões.
O projeto principal diz respeito ao incremento do turismo cultural. "Ceará-Mirim tem engenhos, casarões imperiais, belezas naturais. Temos o maior entalhador em madeira do estado, o Mestre Santana. É o tipo de coisa que deve ser admirada o ano todo, não apenas no São João", afirma. Os acadêmicos foram convidados para coordenar a parte cultural da festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, dez dias de festa que terão um formato inovador. Em setembro, a academia levará para Natal uma mostra coletiva com o que há de melhor nas artes plásticas cearamirinenses.
Nos próximos dias 11 e 12, a academia trará para Ceará-Mirim, de Recife, os arquitetos Rozze Domingues e Carlos Ishigami, e a restauradora Sandra Ishigami, um grupo encarregado de avaliar a arte sacra no município, e elaborar um projeto de restauração das peças e da igreja da cidade. Outro projeto atua diretamente junto às escolas: através de uma parceria com o sistema educativo, a academia fará palestras com estudantes sobre os patronos que dão nome às praças, ruas e escolas, distribuindo biografias, e fazendo jogos para testar a assimilação de conteúdo.
O projeto mais ousado da academia deseja integrar culturalmente outros municípios junto a Ceará-Mirim: a ideia é criar um corredor cultural que reúna Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Parnamirim. "Cada um exibiria suas qualidades. Unindo nossas forças, teríamos mais envergadura para propôr e viabilizar o projeto, principalmente junto a classe política", analisa Pedro Simões.
A Academia de Letras e Artes de Ceará-Mirim conta com 15 integrantes e 25 patronos. Segundo Pedro, os homenageados já justificam a vocação cultural da cidade. Nomes como Rodolfo Garcia, o primeiro potiguar a integrar a Academia Brasileira de Letras, e hoje é nome da biblioteca de lá; o cônego Jorge O'Grady de Paiva, educador e um dos maiores astrônomos do Brasil, e José Emídio Galhardo, fundador do ensino de homeopatia no Brasil, entre outros.
Fonte: TNonline
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