Com 64 anos de fundação é uma referência nacional de combate a segunda doença que mais mata no mundo.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, (OMS) o câncer é a
segunda doença que mais mata em todo o mundo, ficando atrás somente dos
transtornos cardiovasculares. Estima-se que em 2030 o número de pessoas
com a enfermidade deve chegar a 75 milhões, e a taxa anual de
mortalidade atinja a casa dos 13 milhões.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) re-velou que no
ano passado ocorreram 489.270 casos da doença no País, dos quais 236.
240 foram para o sexo masculino e 253.030 para o sexo feminino. Em 2013
mais de 1 milhão de novos casos devem ser registrados.
As estimativas do Inca para esse ano mostram que os tumores mais
presentes nas mulheres serão câncer de mama (52 mil novos casos), colo
do útero (17 mil), colón e reto (16 mil), pulmão (10 mil) e estômago (7
mil).
Nos homens, os tipos de cânceres mais incidentes serão próstata (60
mil novos casos) pulmão (17 mil), cólon e reto (14mil), estômago (12
mil) e cavidade oral (4 mil). A incidência de câncer é maior nas regiões
Sul e Sudeste. Isso se explica pelas melhores condições socioeconômicas
da população, que levam à maior expectativa de vida, vale lembrar que a
doença está associada à longevidade. As regiões norte e nordeste
apresentam as menores taxas, e a incidência na região Centro Oeste
apresenta um padrão intermediário.
Graças aos avanços da medicina muitas pessoas vêm ganhando a luta
contra o câncer. De acordo com o Inca, hoje mais de 50% dos tipos da
doença já podem ser curados, desde que tratados em estágios inicias.
A prevenção da doença é possível através de algumas precauções como
não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso, manter o peso
ideal, uma alimentação saudável além de praticar atividades físicas e
evitar exposição ao sol em excesso. E para homens e mu-lheres com mais
de 40 anos é recomendável realizar exames periodicamente.
Pensando na gravidade da doença, no Rio Grande do Norte, foi
fundado em 1949, a Liga Norte-riograndense Contra o Câncer, que é uma
instituição filantrópica, sem fins lucrativos e não-governamental, que
prioriza a oncologia com qualidade e compromisso social.
Fundada em 17 de julho de 1949, com auxílio do Serviço Nacional de
Câncer, a instituição surgiu a partir da iniciativa de um grupo de
profissionais da área da saúde (incluindo médicos, farmacêuticos,
dentistas e assistentes sociais), e funcionava como "Casa de
Recolhimento". Sua primeira sede foi instalada em um antigo hotel de
passagem, na avenida Dr. Mário Negócio. Em 1961, com a morte de dr. Luiz
Antônio, um dos fundadores da Liga, a "Casa de Recolhimento" passa a
ter o seu nome atual.
Hoje, 64 anos depois, muita coisa mudou e a Liga é uma referência
nacional no combate ao câncer por sua estrutura e competência
profissional. Atualmente, a Instituição possui quatro unidades no Estado
e ofe-rece diversos serviços no segmento da saúde, atendendo em
diversas especia-lidades. Pela sua qualidade, recebe inclusive pacientes
de outras localidades.
Atualmente, a maior dificuldade da instituição é a sustentabilidade
financeira. Cerca de 70% de seus serviços são prestados ao SUS, que
trabalha com uma tabela de remuneração defasada em pelo menos 10 anos.
Se o custeio já é difícil, mais distante ainda fica a possibilidade de
investimentos, sempre necessários para manter o nível de eficácia. Por
isso, a Liga precisa tanto de receitas complementares, sobretudo de
doações.
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