As famílias que veraneiam
nas praias de Touros e Maracajú, no litoral Norte, estão enfrentando um
momento delicado diante da poluição sonora, provocada pelos carros de
som neste veraneio, que de forma desrespeitosa, invadem a s duas
localidades a qualquer hora. Geralmente, são jovens que decidem
estacionar carros, ligar o som e ficar até altas horas bebendo e
acabando com o sossego das pessoas.
Em Touros, o barulho toma conta da
cidade, com paredões de som que se revezam pela madrugada adentro. Um
dos responsáveis pelo "Castelinho", um bar a 20 metros da Matriz, diz
que não tem o que fazer. Numa mesa com o esposo, a senhora Lúcia, disse:
"Não sinto mais prazer em vir para um barzinho, tomar uma cerveja e
comer uns petiscos. O som é tão alto, que não conseguimos conversar com
os amigos que encontramos."
Segundo os moradores, a polícia é
chamada, mas quando se afasta, tudo volta o que era antes, num
desrespeito total com a autoridade policial e descumprimento da Lei.
"Durante o dia eu até aceito o
barulho, pois sei que os jovens querem se divertir, mas, à noite, eu
quero descansar", comenta a senhora Idalice Feitosa, de 68 anos. Ela já
pediu providências à Polícia Militar, que passa pelo local várias vezes
durante o dia, mas os donos dos carros diminuem o volume dos aparelhos
quando vêem o veículo da PM.
Em Maracajaú, o problema é um clube
social que realiza suas festas que, geralmente, começam por volta das
23 horas e vão sempre até às 5 da manhã.
Segundo um morador, que prefere não se
identificar, quando amanheceo dia, é possível ver o que restou da
bagunça - são seringas, camisinhas e garrafas quebradas jogadas no leito
da rua.
"Isso fere a liberdade do veranista,
que também tem o direito de ler um livro, ouvir música ou ficar quieto.
Nós somos refém do barulho", lamenta.
O morador diz que para evitar que esse
desconforto a população de Maracajaú está procurando solucionar o
problema o mais rápido possível e quer que alguma atitude seja tomada
pelas autoridades. "Eles podem fazer suas festas, mas respeitando o
sossego dos moradores e com hora para acabar. Cadê o Ministério
Público?", indaga o morador.
POLUIÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
apontou a poluição sonora como o terceiro maior problema ambiental em
todo o mundo. Segundo a OMS, os ruídos podem causar prejuízos à saúde,
como o estresse, dificuldades de concentração, fadiga, irritabilidade,
insônia e aumento da pressão arterial.
Jornal Metropolitano
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